Versace resgata o glamour de 1997 para o Verão 2025
Donatella Versace revisita sua icônica coleção Primavera/Verão 1997 para a Semana de Moda de Milão.
A coleção Primavera/Verão 2025 da Versace, apresentada na última sexta-feira, buscou inspiração na célebre coleção de primavera de 1997 da Versus, antiga linha jovem da marca. A coleção original destacou-se por suas cores vibrantes, estampas contrastantes e combinações ousadas de cetim com outros tecidos.
O desfile de 1997 ocorreu um ano antes da morte de Gianni Versace, quando Donatella comandava exclusivamente a Versus, marcando uma era descontraída e experimental.
“Era uma fase de liberdade, de alegria, sem grandes preocupações (…) havia liberdade, felicidade, não pensar muito e ser mais casual [sobre] montar suas roupas”, relembrou Donatella.
De volta aos clássicos
Desde o 20º aniversário da morte de Gianni, em 2017, Donatella tem revisitado diversas coleções passadas da marca com diferentes graus de fidelidade aos originais.
Esse movimento de relançar peças icônicas se mostrou surpreendentemente duradouro, impulsionado, em parte, pela curiosidade dos jovens, especialmente os interessados em moda, que hoje têm a história da moda ao alcance de um clique, graças à internet.
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Estética jovem
A nova coleção, por sua vez, apresentou uma abordagem mais jovem do que o tradicional estilo da Versace, com uma aura delicada que, assim, substituiu o estilo sexy característico. Além disso, tons suaves em pastel, conjuntos de vestidos com cardigãs, jeans e shorts curtos trouxeram frescor ao visual. Por fim, saltos em tonalidades champanhe completaram essa estética leve.
Em contraste, a coleção aprimorou o uso de cores, sendo esse avanço exemplificado por um look masculino de camisa caramelo com calças lilás e, além disso, por uma combinação feminina de regata cobre e saia lilás. Da mesma forma, outro destaque foi uma jaqueta masculina de couro amarelo suave e branco, combinada com calças de couro violeta, equilibrando, assim, ousadia e sutileza.
Moda e tecnologia
Uma das evoluções mais significativas desde 1997 foi, sem dúvida, a integração da tecnologia no processo de criação. O que parecia ser um vestido dourado com lantejoulas usado pela modelo Anok Yai, era, na verdade, impresso em 3D, sem costura aparente.
Além disso, o memorável formato ampulheta da Versace foi recriado digitalmente, com precisão milimétrica, programado por máquinas. Portanto, a ideia de uma coleção inteira desenvolvida com essa tecnologia abre um mundo de novas possibilidades criativas na indústria da moda.
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Escrito por: Letícia Nogueira | Editado por: Flávia Pereira
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