
No inverno da Givenchy, não há limites para a sofisticação
A marca, ainda sem diretor criativo, pautou sua coleção em tons neutros e sóbrios
O endereço “Les Salons, 3 Avenue George V”, na capital parisiense, foi ocupado nesta quinta-feira (29), por mais um espetáculo da Givenchy. A marca apresentou sua coleção de Inverno 24/25 na Semana de Moda de Paris, e, sobretudo, não hesitou em reconceituar as tonalidades neutras em visuais que exalam elegância.

Com visuais de alfaiataria e vestidos noturnos glamourosos, a coleção se mantém no clássico, porém o trabalha de maneira precisa. A maison segue sem diretor criativo, o que colocou a equipe na posição de desenvolver as peças. A partir da recepção do público, é possível notar que foram certeiros em criar itens que evocam a sofisticação interior dos apreciadores.
A coleção da Givenchy
Quando se trata de Givenchy, o tradicional é o suficiente para exibir o glamour da marca. A coleção foi pautada por visuais discretos, isto é, em tons de preto, branco, azul e vermelho, que brincam com silhuetas, texturas e recortes. A variação nos formatos cria a unicidade de cada peça, e quando combinadas à trench coats ou fur coats, ganham uma nova impressão.
A equipe não mediu esforços em trazer saias, blazers e sobretudos que fizessem jus ao básico elegante. Contudo, os highlights da coleção ficaram à cargo de looks que se exaltaram em meio à discrição dos tons neutros. Com efeito, o vestido com cauda completamente prateado e o conjunto de mini saia com casaco vermelho em veludo, cumprem esse papel. As combinações se posicionam como um intervalo para aqueles que querem ousar, mas manter o refino.

Não suficiente, a marca encerrou o desfile com a presença de uma noiva, coberta por um véu com detalhes que assemelham-se às pétalas de rosas brancas. Para completar, o visual foi incrementado com uma faixa de laço e um longo par de luvas semi transparentes, ambos all black. Assim, a adição da transparência na silhueta inferior, se encaixa como grand finale, fazendo jus a sensualidade que vem em conjunto à elegância.

A ausência de um diretor criativo
Desde a saída de Matthew Williams em 2023, a Givenchy tem deixado o público em constante expectativa sobre o possível anúncio de quem assumirá o posto de diretor criativo. Enquanto a posição está em aberto, as coleções ficaram à cargo dos designers internos, que seguem buscando inspirações nos arquivos de Hubert de Givenchy.
A grife passou por várias alterações na ocupação de creative director nos últimos 10 anos, contando com nomes como Clare Waight e Ricardo Tisci. Apesar de se manter fiel ao conceito inicial da marca, a curiosidade sobre possíveis mudanças nas criações da maison permanece madura.
Escrito por: Mariana do Patrocínio de Souza | Editado por: Clara Molter Bertolot

