SPFW 2024: venha ver 4 marcas destaques
Confira alguns desfiles que se destacaram nesta edição da São Paulo Fashion Week (SPFW)
Há poucas semanas se encerrou mais uma edição do acontecimento mais aguardado pelos brasileiros: a São Paulo Fashion Week 2024, que ocorreu entre os dias 09 a 14 de abril. Em resumo, é um evento que promove desfiles de marcas brasileiras.
A cada edição, nós somos surpreendidos com marcas reconhecidas, que não se encontram na line-up. Por exemplo, a Misci, que, desta vez, não participou do desfile.
Embora as inúmeras controvérsias e problemas da SPFW, com que fazem algumas marcas não participarem, houve estreantes, como Reptilia, Fauve e Catarina Mina. Além de veteranos, que após um período longe das passarelas paulistas, retornam ao seu ambiente, como André Lima.
Em seguida, conheça algumas marcas que tiveram seu destaque nesta temporada.
Forca Studio
Depois da sua estreia, em 2023, na SPFW, Forca Studio fez um grande sucesso, principalmente entre as fashionistas que amam um night out na cidade paulistana. É uma marca que ficou conhecido por representar bem o estilo underground da vida noturna, com muito streetstyle.
Foi fundada pela a estilista Vivi Rivaben e o produtor musical Silvio De Marchi. Contudo, nesta edição, eles mostraram que não é só de balada que se vive Forca Studio, mas também do cotidiano, da vida fora das noites.
Da academia, para o trabalho, do trabalho para a balada. Uma coleção mista, composta pela versatilidade e tecnologia. Enquanto no bloco office foi uma composição de casual com despojado, de alfaiataria e trench coat para calça larga e croppeds. No bloco fitness tivemos bonés e camisas de time.
Então, depois de tantas polêmicas e julgamentos, a nova moda são as camisas de time de futebol?
Enfim, continuemos. Uma identidade forte na marca é essa fusão do streetwear com high-tech. Claro que, depois do seu primeiro show, ano passado, em um ferro velho.
Dessa vez um fashion film foi transmitido em diversos aparelhos de TV junto com monitores que projetavam imagens de determinado ambiente , condizente com o bloco da coleção, e transmitiam a ilusão de profundidade ao apagar as luzes.
Além disso, estiveram presentes um cão robótico e um drone de coleira.
Catarina Mina SPFW
Fundada por Celina Hissa, em 2008, Catarina Mina fez sua estreia na São Paulo Fashion Week na sexta-feira,12/04. Sendo a identidade principal que simboliza a marca: o artesanato.
O nome desta coleção foi “Guardiãs de Memórias”, seguindo o nome dado as mais de 450 artesãs que fazem parte da comunidade da marca. Foram 40 looks diferentes, feitos em 6 diferentes técnicas artesãs.
As técnicas manuais são surpreendidas pelas diferentes possibilidades que o artesanato pode se manifestar, sendo uma brincadeira de criar arte.
Os materiais utilizados foram: fios de tecido de algodão e de cetim, fios naturais como rami, algodão, palha de seda, metalizados, além do polipropileno.
Sutil, chique e elegante. Mas, sem deixar o seu lado ousado, evidente no uso da transparência da renda. Além disso, a marca apresenta peças comerciais, contudo mais conceituais, com silhuetas geométricas.
João Pimenta SPFW
Quem poderia imaginar que a junção do xadrez com tons pastéis, pudesse ser utilizada de forma despojada e jovial? E que o tie-dye estivesse presente em passarelas de uma casa tão renomada pelo seu estilo casual? Bom, com certeza João Pimenta pensou.
Claramente, em busca de um público mais jovem, ele traz referências esportivas e de streetwear na desconstrução da tradicional alfaiataria. Conforme as calças cargos, jaquetas bomber, hoodies e camisetas apareceram, isso ficou mais claro.
Além disso, tivemos a sobreposição, que foi ponto chave da coleção. Marcante e de forma despojada, João Pimenta explorou as peças e brincou de ousar. Foi uma amostra de 40 looks, com volumes, estampas, cores, tudo isso visto do Edifício Martinelli.
A fim de demonstrar a vida do paulistano, além de inúmeros estilos e identidades, devido ao alto fluxo de pessoas, há o clima louco de São Paulo, e o desfile foi feito em três etapas. No primeiro, os modelos surgiram com apenas uma camada de roupa ou com leves blazers. Na sequência, surgiu uma camada extra de casacos. Por fim, as roupas eram ainda mais pesadas, com longos trench coats e casacos de pele fake.
Afinal, debaixo de muita camada, a versatilidade e a funcionalidade prevalecem nessa temporada para João Pimenta. Como uma simples peça de roupa, como o blazer, pode ser interpretada e reinterpretada de várias formas.
André Lima SPFW
Após um hiato de doze anos sem entrar na semana da SPFW, André Lima retorna nesta edição N57. Dessa vez, as passarelas se enfeitaram de drama, atitude e exuberância. Seu retorno, ao mesmo tempo, trouxe características já marcantes da grife, mas também diferenciou-se pela ausência de estampa.
Desde que ele fechou sua marca em 2014 e a relançou em 2020, André Lima decidiu colocar o seu acervo de tecidos para jogo e fazer mais um desfile apoteótico da semana de moda.
Dessa forma, a coleção foi feita por meio de volume, transparência, texturas, fluidez e muitos fios que remetiam à cabelos. Um excesso ao visual desprendido do comum, que trouxe a provocação junto com fetiche, na qual calou o inocente.
De olho no passado, mas sem tirar os pés do presente e nem esquecer do futuro. A coleção começou com seu lado saudosista logo no início, no qual a primeira modelo entrou com um maiô inspirado na TV Mulher Maravilha, dos anos 1970. Decolou para os anos 2000, com o soundtrack: “Baile de peruas”.
Sendo assim, foi um momento nostálgico, mas já era de se esperar, né?! Visto que, foram anos afastados da criação.
Em resumo, definitivamente, o designer causou diversas impressões, não teve medo de se expressar e nem se encaixou nos padrões estabelecido. Afinal, pessoas que não fazem barulho, não são lembradas. E, com certeza, André Lima será lembrado.
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Escrito por: Maria Eduarda Regis / Editado por: Clara Molter Bertolot