Mulheres históricas que moldaram a moda
Ao longo da história, diversas mulheres desafiaram normas e deixaram um legado duradouro no vestuário feminino. Foram figuras que não apenas estiveram à frente de seu tempo, mas que também foram revolucionárias na época em que viveram. Vamos conferir quem são essas mulheres e como transformaram a moda.
Maria Antonieta (1755–1793)

Fonte: @east_77
A corte de Versalhes, no século XVIII, já era conhecida pelo extremo luxo e pela desigualdade social que isso provocava em relação à população francesa. Quando Marie chegou ao país, precisou se adaptar a esse estilo de vida e acabou se tornando a própria rainha dos exageros!
Ela transformou o ato de se vestir em uma performance. Usava sempre materiais nobres como tafetá, renda, seda e bordados, além de saias volumosas e espartilhos marcados. Cada peça representava poder, vaidade e fantasia, tornando sua imagem um símbolo da opulência da realeza francesa.
Rainha Vitória (1819–1901)

Fonte: @shinyhistorygems
O período da Era Vitoriana, na Inglaterra, foi marcado pela moral rígida e pelo papel limitado da mulher, restrito ao ambiente doméstico. Durante o reinado da Rainha Vitória, a industrialização permitiu que diversos tecidos se tornassem mais acessíveis, o que impulsionou trocas de estilos e aproximou a moda das camadas mais baixas da população.
Vitória definiu os conceitos de elegância e sobriedade, deixando um legado que permanece até hoje com o uso do branco nos vestidos de noiva. Suas roupas eram marcadas por longas saias e cinturas ajustadas, confeccionadas em tecidos como veludo, brocado e rendas inglesas. Após a morte de seu marido, adotou o preto como símbolo de luto eterno, transformando a cor em expressão de amor e devoção.
Cleópatra (69 a.C.–30 a.C.)

Fonte: @kronofilm
A rainha e faraó do Egito Antigo usava sua beleza como uma poderosa arma política e diplomática em meio às guerras, conquistando alianças estratégicas a seu favor. Sua marca registrada era o delineado marcante e as joias exuberantes, que traduziam sua força e autoridade.
Cores como turquesa, dourado e preto apareciam com frequência, assim como materiais nobres como linho egípcio, ouro e pedras preciosas. Suas vestes eram drapeadas, de cortes retos e fluidos, refletindo uma estética que unia elegância, poder e misticismo.
Elizabeth I da Inglaterra (1533–1603)

Fonte: @historyroadshow
Em meio ao Renascimento inglês, às expansões do reino e às tensões religiosas, a Rainha Elizabeth I construiu uma imagem que exalava poder feminino em uma sociedade completamente patriarcal, usando sua estética como uma forma de linguagem política.
Cores intensas como vermelho e dourado, símbolos de força e autoridade, estavam sempre presentes em seus trajes. Brocados pesados, pérolas e veludos eram materiais recorrentes, compondo visuais ricos e imponentes. Sua marca registrada eram as golas altas e as mangas bufantes e estruturadas, que reforçavam a grandiosidade e a imponência de sua presença.
Josephine Baker (1906–1975)

Fonte: @radicalwomenshistory
Em um contexto de pós-guerra nos anos 1920, marcado pelo fortalecimento dos movimentos negros e pela efervescência da liberdade artística, surgiu Josephine Baker, uma jovem que quebrou estereótipos raciais e de gênero, transformando o figurino em uma poderosa arma política e estética.
Seus trajes de performance eram ousados e vibrantes, muitas vezes curtos e cheios de movimento, valorizados por plumas, franjas e lantejoulas. As cores mais recorrentes eram o dourado, o prata, o preto e tons tropicais alegres, que transmitiam energia, sensualidade e irreverência. Josephine fez do corpo e da roupa um manifesto de liberdade, tornando-se um ícone de empoderamento e inovação visual.
Princesa Diana (1961–1997)

Fonte: @vintage_beauty5
A princesa ficou conhecida por humanizar a monarquia britânica, mostrando sua personalidade doce, empática e genuína. Diana viveu em um período em que o poder da mídia já moldava a opinião pública e a imagem das figuras reais, e, mesmo assim, conseguiu se destacar por sua autenticidade. Misturava o protocolo real com seu estilo pessoal, criando uma estética única e próxima do povo.
Em seu guarda-roupa, tecidos como seda, chiffon e lã eram recorrentes, sempre escolhidos para reforçar sua elegância natural. Diana aparecia frequentemente com tons pastéis ou neutros com pontos de cor, transmitindo leveza e confiança. Peças atemporais, como conjuntos minimalistas e blazers estruturados, eram parte essencial do seu estilo, que equilibrava delicadeza e força feminina de forma inspiradora.
Ao observar essas figuras históricas, fica evidente que a moda sempre foi muito mais do que aparência: é uma linguagem silenciosa que traduz poder, identidade e resistência. Cada uma dessas mulheres usou o vestir como forma de expressão e influência, deixando marcas que ultrapassaram seu tempo.
Escrito por Brenda Rio | Editora: Ana Carolina Gomes


