Tendências

Off-White: Maximalismo marca presença

Off-White preenche a passarela com cores e miçangas e referências ao jogo favorito do diretor criativo.

Off-white

O desfile intitulado de “Black by Popular Demand” pela Off-White apresentou na última semana de fevereiro sua coleção para o Outono de 2024/2025.

Ib Kamara, atual diretor criativo da casa, traz em sua coleção uma mescla de elementos que vão do crochê às roupas esportivas e jeans com aplicações e estrelas simbolizando os Estados Unidos.

O desfile tem um forte apelo étnico, trazendo em sua composição a ancestralidade preta para dentro das passarelas com franjas feitas de miçangas e estampas étnicas. A ambientação da passarela teve como inspiração o jogo Ludo, favorito de Kamara, destacando dados gigantes brilhantes que aparecem não só no meio da passarela como parte do cenário, mas também no chão e em alguns acessórios, como chaveiros de pelúcia de dados pendurados em bolsas.

(reprodução via Instagram)

Sobre a coleção

O designer também optou por usar pele sintética, e assim como em outros desfiles, o material voltou a ficar em alta e na Off-White levou destaque juntamente com o primeiro look que abre a coleção de outono, bem como durante todo o desfile, aparecendo em cores vibrantes como rosa e até em verde neon que não víamos há muito tempo nas passarelas.

As peles foram usadas em mangas, golas, gorros e barra de casacos não só em verde neon ou rosa, mas também em preto. Além disso, alguns tecidos habitualmente usados para o outono também aparecem em looks praticamente all black com pontos de cor destacados pelas miçangas ou peças com bandagens amarelas e vermelhas.

A bomber jacket, muito popular e difundida nas temperaturas mais amenas, também aparece em versão lilás metalizada com aplicações de borboletas, mais uma vez fazendo uma justaposição entre o leve tom de pastel da cor e o utilitarismo da peça.

Materiais aplicados em modelagens incomuns:


No caso do jeans, Kamara optou por usar o material em alfaiataria, em ternos com modelagens desconstruídas para os homens com costuras em destaque, dando um ar de capa às peças. Do mesmo modo para as mulheres ele optou por uma versão completamente destruída do tecido, tornando-o praticamente um short com linhas em sincronia que quando colocadas juntas dão continuidade à barra, formando uma calça e também um vestido construído na mesma estrutura.

Com um casting majoritariamente negro como de costume, Ib Kamara mantém o legado de Virgil Abloh intacto, mesmo após 3 anos de sua morte através de um maximalismo colorido e brilhante que une ancestralidade e patriotismo americano de um forma efetiva, contrastante e acima de tudo atual.

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Escrito por: Matheus Ferraz | Editado por: Flávia Pereira

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