O retorno do Wonderbra: O Push-Up está de volta
Poucas peças de lingerie marcaram tanto a cultura visual quanto o Wonderbra. Na década de 1990, ele não apenas moldava silhuetas, mas também ideias. O sutiã push-up tornou-se sinônimo de sensualidade escultural, protagonizando campanhas com supermodelos como Eva Herzigová, sob o provocativo slogan “Hello Boys”.
Décadas depois, o push-up retorna, mas longe de ser o mesmo. Agora, ele não impõe formas: acompanha as suas. O desejo por uma estética sexy permanece, mas o discurso mudou. O que antes era sobre parecer, agora é sobre sentir-se bem.

De símbolo de sedução a aliado da autoexpressão
Nos anos 90, o push-up representava um ideal bem definido de feminilidade: volume, curvas e simetria. Suas estruturas rígidas, aros metálicos e enchimentos densos transformavam o corpo para adequá-lo a um padrão quase cinematográfico.
Atualmente, no entanto, vemos o oposto: marcas estão desconstruindo esse molde. Nomes como Skims, Savage x Fenty, ThirdLove e CUUP redesenharam o push-up com foco no conforto, na inclusão e na autenticidade. A lingerie agora tem propósito além da função estética: representa decisão, não obrigação.

Influência das celebridades: do íntimo ao look statement
O push-up também saiu do armário — literalmente. Influenciadoras e celebridades vêm resgatando essa peça para além da lingerie. Atualmente, uma era em que a transparência e o corpo à mostra são códigos estéticos da juventude, o push-up assumiu o papel de protagonista.
Um bom exemplo é a artista Zendaya já cruzou red carpets com bustiês estruturados sob ternos sob medida. Hailey Bieber aposta em versões minimalistas, usadas com calças de alfaiataria. Já Sabrina Carpenter, queridinha do momento, faz do push-up parte de seu uniforme de palco — sempre com uma dose de nostalgia Y2K.

A volta do bullet bra e o toque retrô nas passarelas
Enquanto o push-up moderno se reinventa com sutileza, sua versão mais ousada — o bullet bra — ganhou novo fôlego nas passarelas. A peça de formato pontudo, popularizada nos anos 50 (e imortalizada por Madonna nos anos 90, em look Jean Paul Gaultier), voltou com força nas coleções de Miu Miu, D&G e Gaultier Paris.
O resultado? Uma fusão entre o futurismo retrô e o corpo livre de moldes. Quem disse que estrutura e liberdade não podem coexistir?
Cara Delevingne / Fonte: Vogue
Sensualidade consciente é tendência atemporal
Não é só nas redes ou nas passarelas que a tendência se afirma. Segundo dados recentes do Google Trends, as buscas por “push-up bra” aumentaram mais de 400% no primeiro semestre de 2025. Em contrapartida, há uma queda constante no interesse por peças desconfortáveis ou que padronizam a silhueta.
Imagem: @savagexfenty / Fonte: Instagram
O novo push-up entrega o que as consumidoras de hoje procuram: versatilidade, autenticidade e liberdade de escolha. Dessa forma, é possível ser sexy sem esforço e com suporte anatômico e emocional.
Além disso, o que esse retorno nos mostra é simples: a sensualidade nunca sai de moda, mas suas formas se transformam. Se antes o sutiã era uma ferramenta de imposição visual, hoje, é um convite à autoexpressão.
Em outras palavras, a lingerie contemporânea não dita — acompanha. E isso, mais do que qualquer enchimento, é o que realmente levanta a autoestima.
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Escrito por: Gabriela Pereira | Editado por: Gabriella Lima

