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Louis Vuitton 2025: Pharrell e Nigo inovam o streetwear

Na terça-feira (21), a poderosa Louis Vuitton apresentou, em grande estilo, sua coleção Outono/Inverno 2025 na Semana de Moda Masculina. Com a assinatura de Pharrell Williams e de Nigo, o desfile teve suas passarelas projetadas no Cour Carrée do Louvre, em Paris, um local icônico que, por sua vez, reforçou a grandiosidade do evento.

Marcado pelo streetwear despojado, a coleção, sob o comando criativo do cantor e compositor Pharrell Williams, promete ser um grande sucesso. Isso se deve ao fato de que as peças brilham aos olhos de maneira elegante e com muita personalidade, características que, aliás, conquistaram o público.

Antes de mais nada, o desfile trouxe elementos da cultura e moda asiática de forma divertida, lúdica e criativa, especialmente em suas bolsas. Esse destaque foi possível graças à colaboração com um amigo de longa data de Williams, o artista japonês Nigo, que deu um toque único e memorável às peças.

ho5hiii_kwon17 (Reprodução/X)

Pharrell X Nigo

Vale ressaltar que Pharrell Williams e Nigo não são apenas amigos; na verdade, eles também são parceiros no mundo da moda há muitos anos, mais especificamente, 25 anos de colaboração. Com o passar do tempo, essa parceria se solidificou e consequentemente, tornou-se fundamental para as conquistas de ambos. Graças a essa sinergia, em 2003 a dupla decidiu fundar sua própria marca de roupas, a Billionaire Boys Club. Hoje, a marca é amplamente creditada por ajudar a popularizar o streetwear, o que proporcionou uma nova perspectiva na alta costura. Acima de tudo, a dupla impactou de maneira significativa o cenário da moda.

A história por trás do desfile da Louis Vuitton em 2025 foi, antes de tudo, inspirada em uma viagem que Pharrell fez ao Japão para visitar Nigo. Durante essa viagem, os amigos foram pescar juntos e, para surpresa de muitos, conseguiram fisgar uma lagosta — elemento, que, aliás, é referenciado em muitas peças de forma memorável.

Ainda assim, depois de tanta história, ambos continuam a demonstrar uma visão única para o streetwear, agregando muito valor às passarelas contemporâneas.

modelsdiaryy/ boysinlabels (Reprodução/X)

As bolsas são as estrelas!

Em meio a um cenário totalmente branco, o desfile trouxe, em primeiro lugar, muitas referências aos anos 90 e 2000 em releituras atualizadas e engenhosas que misturam alfaiataria, jeans e couro. Ademais, a coleção incorporou uma forte presença da moda streetwear nipônica, que trouxe alusões à cultura pop asiática. Por exemplo, isso foi evidenciado desde a escolha musical do desfile até as sutis referências aos animes, sempre mantendo o imponente e elegante aspecto do workwear.

Já as bolsas estilizadas, com formatos variados e detalhes como chaveiros de pelúcia, couro e patches coloridos, roubaram a cena e conquistaram o público e a mídia. De fato, esses acessórios se destacam pela originalidade e charme, tornando-se peças essenciais em qualquer coleção de moda. Não é à toa que é impossível não desejar pelo menos uma das bolsas ou mochilas que Nigo e Pharrell trouxeram em seu trabalho.

Por outro lado, algumas peças, embora desafiem o convencional, se destacam principalmente pelo estilo único e personalidade marcante. Dessa forma, essa combinação de ousadia e charme as torna itens de desejo, especialmente para quem busca looks autênticos e cheios de atitude. Em resumo, esse toque único faz com que sejam irresistíveis para qualquer amante da moda.

Louis Vuitton/ Fellipe Carlo (Reprodução/ Instagram)

Collab do ano

Ao final do evento, primeiramente, as peças raras de arquivo foram reveladas dentro das 24 vitrines presentes na passarela. Além disso, elas estarão disponíveis para leilão em breve. Em suma, a coleção cria uma narrativa entre o passado e o futuro, por meio de momentos culturais que celebram a amizade entre os artistas. Desse modo, tanto eles quanto a Maison convergem na história da Louis Vuitton de modo memorável.

Escrito por: Ana Milena Rocha Silva | Editado por: Catarina Di Rienzo

Ana Milena nasceu em pleno outono paulistano nos anos 2000. Ama essa estação até hoje. É observadora e pode se perder facilmente em seus próprios pensamentos. É tímida, mas consegue passar horas falando sobre personagens de histórias em quadrinhos e Taylor Swift.

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