Kitschy Couture: uma celebração de cultura e diversidade
Conheça a marca emergente criada pela designer tâmil Abarna Kugathasan, nascida na Alemanha, que celebra suas origens e a cultura ocidental por meio da moda
Desde pequena, Abarna Kugathasan presenciou sua mãe, uma alfaiate de roupas tradicionais tâmeis, trazer um pedaço do Sri Lanka para a Alemanha usando apenas uma máquina de costura. Portanto, como filha de imigrantes, a designer expressa sua própria identidade e honra à dualidade cultural por meio da moda, em sua marca intitulada “Kitschy Couture“. A estilista e fundadora mergulha em sua própria narrativa transcultural, eventualmente combinando raízes do Sri Lanka, herança tâmil e sua educação ocidental.
A marca emergente captura a sensação de saudade da diáspora e o significado de sentir falta de casa. As criações inspiradas em lingerie, com seus detalhes extravagantes, são a marca registrada da Kitschy. Assim, mesclando influências tradicionais e modernas, a estilista tâmil cria um conto de fadas no decorrer de silhuetas esculturais.
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A lua de mel de Kitschy Couture
A mais nova coleção Primavera/Verão 2025 da marca foi apresentada no começo deste mês (julho), na Berlin Fashion Week. Seguindo o roteiro da coleção passada, a noiva, que se casou consigo mesma na coleção Outono/Inverno 2024, agora está partindo para sua lua de mel.
Intitulada como “Artificial Paradise”, a coleção traz trajes de banho decorados com pétalas de rosa, vestidos feitos de renda, peças no estilo lingerie, entre outras.
Herança de família
Os elementos presentes na coleção fazem jus ao nome, já que a marca voltou a abordar a origem familiar e a identidade diaspórica de Abarna:
Quando dei à luz a marca, eu queria dedicá-la à minha identidade cultural. Eu cresci em um mundo tâmil muito conservador que se fundiu com um ambiente ocidental, contou a designer em entrevista para a Hypebae.
Ao mergulhar nas memórias familiares e na fusão de culturas que experimentou, ela encontrou inspiração nas influências tâmeis e ocidentais que moldaram sua vida. Ela revela que a decoração de sua casa misturava traços alemães com toques distintos de sua herança, como bananeiras de plástico e flores de lótus com luzes de LED, elementos que agora se refletem de maneira emotiva em suas criações.
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A designer conta também que tem como objetivo que o público compreenda os desafios de crescer com uma origem imigrante e a beleza de diferentes culturas coexistindo e se fundindo umas com as outras:
Quando você não cresce com uma origem imigrante e não faz parte desta comunidade, é muito difícil entender, mas estamos abrindo as portas e realmente queremos compartilhar nossas emoções, desafios e a beleza de tudo isso, explicou.
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A moda como veículo de expressão
A fundadora reafirma o compromisso da Kitschy Couture com a celebração e a fusão de culturas. Ao transformar a moda em um veículo de expressão e inclusão, Abarna homenageia suas raízes assim como sua experiência ocidental, convidando o público a refletir sobre a riqueza e a complexidade das identidades diaspóricas.
Durante suas criações, ela abre portas para um diálogo sobre diversidade, identidade e pertencimento, lembrando-nos da beleza que surge quando diferentes mundos se encontram e coexistem em harmonia. Dessa forma, a marca continua a encantar e inspirar, celebrando a dualidade cultural e a união de tradições através de cada peça.
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Escrito por: Letícia Nogueira | Editado por: Clara Molter Bertolot
2 Comentários
Luisa Carolina
Adorei a matéria
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