Di Petsa apresenta coleção inspirada no autoprazer feminino
Com mamilos à mostra e recortes abertos, a coleção de primavera de Di Petsa faz jus às raízes da marca
Di Petsa mergulhou nas complexidades do corpo feminino ao desenvolver sua coleção para a primavera de 2025. A designer, conhecida por suas interpretações da mitologia grega, utilizou a figura do Minotauro para simbolizar os conflitos internos e a dualidade presentes nas mulheres em “My Body is a Labyrinth”.
Em sua nova linha, o conceito de autoprazer feminino emergiu como um fio condutor, refletindo tanto a sombra quanto a luz do ser. Para expressar essa ideia, a coleção apresenta peças com recortes estratégicos. Estes, destacam a parte superior do corpo, como vestidos e calças com efeitos que imitam redes marinhas e detalhes em transparência. Similarmente, escolha de cores e texturas, como o azul e o vermelho cereja, reforça a conexão com a temática do desejo.
Petsa incorporou elementos provocativos em sua coleção, como roupas com efeitos molhados e adesivos de mamilo. Esses detalhes enfatizam a ideia de que o prazer feminino pode ser uma fonte de poder. As peças variam entre vestidos longos e curtos, com recortes que destacam os seios e a virilha.
Além disso, o uso de correntes e folhados de ouro adiciona uma camada de simbolismo. Esta, vem coma função de conectar a estética da coleção com a ideia de divindade e mitologia marítima. Ademais, a designer destacou que o conceito de autoprazer, muitas vezes subestimado, possui um potencial transformador significativo. Ela ainda completa reforçando que busca evidenciar esse ideal por meio de sua moda.
Passarela de tradição com inovação
Na primavera de 2025, a coleção de Petsa também trouxe inovações para o vestuário masculino. Em suma, a estilista integrou camisas plissadas e agasalhos com efeitos de umidade, além de jeans que acentuam a virilha e braguilhas metálicas. Além disso, introdução de joias e adornos específicos, como os talismãs de mamilo, representou um cruzamento entre a moda para o gênero em questão e a temática do prazer.
A coleção masculina também reflete a influência da experiência pessoal de Petsa, que se aprofundou na ideia de que o próprio corpo pode servir como uma âncora durante períodos de turbulência. Ademais, o uso de peças que parecem encharcadas ou desgastadas foi uma maneira de transmitir a intensidade do processo de autoexploração.
Di Petsa e sua performance fashion
Ademais, performance da coleção de primavera da Petsa trouxe uma nova dimensão ao desfile. A representação teatral exibida foi carregada de simbolismo. Com efeito, a marca utilizou uma gravação prévia que evocava uma voz divina feminina, criando uma atmosfera de introspecção e revelação pessoal. Dessa forma, modelos se apresentaram com mãos tingidas e lábios vermelhos, replicando elementos mitológicos como chifres de Minotauro. Ao mesmo tempo, elas enquanto exibiam corpos marcados por areia e bronzeado. Em suma, propósito da designer foi fazer uma alusão a uma narrativa de exploração sensorial à beira-mar.
O desfecho da coreografia envolveu um modelo masculino sem camisa, que interagiu com os outros participantes. Para a cena, ele utilizou uma bola de lã vermelha. Assim, cada figura navegava por um labirinto simbólico, refletindo a ideia de que o autoprazer não é uma força negativa, mas uma experiência elevada e mítica.
Escrita por: Mariana do Patrocínio | Editada por: Gabriela Andrade