Di Petsa mergulhou nas complexidades do corpo feminino ao desenvolver sua coleção para a primavera de 2025.
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Di Petsa apresenta coleção inspirada no autoprazer feminino

Com mamilos à mostra e recortes abertos, a coleção de primavera de Di Petsa faz jus às raízes da marca 

Di Petsa mergulhou nas complexidades do corpo feminino ao desenvolver sua coleção para a primavera de 2025. A designer, conhecida por suas interpretações da mitologia grega, utilizou a figura do Minotauro para simbolizar os conflitos internos e a dualidade presentes nas mulheres em “My Body is a Labyrinth”.

Em sua nova linha, o conceito de autoprazer feminino emergiu como um fio condutor, refletindo tanto a sombra quanto a luz do ser. Para expressar essa ideia, a coleção apresenta peças com recortes estratégicos. Estes, destacam a parte superior do corpo, como vestidos e calças com efeitos que imitam redes marinhas e detalhes em transparência. Similarmente, escolha de cores e texturas, como o azul e o vermelho cereja, reforça a conexão com a temática do desejo.

Modelo com vestido bronze transparente em desfile de primavera da Di Petsa.
Foto/Reprodução: Instagram @dipetsa

Petsa incorporou elementos provocativos em sua coleção, como roupas com efeitos molhados e adesivos de mamilo. Esses detalhes enfatizam a ideia de que o prazer feminino pode ser uma fonte de poder. As peças variam entre vestidos longos e curtos, com recortes que destacam os seios e a virilha.

Além disso, o uso de correntes e folhados de ouro adiciona uma camada de simbolismo. Esta, vem coma função de conectar a estética da coleção com a ideia de divindade e mitologia marítima. Ademais, a designer destacou que o conceito de autoprazer, muitas vezes subestimado, possui um potencial transformador significativo. Ela ainda completa reforçando que busca evidenciar esse ideal por meio de sua moda.

Modelo com vestido em folhado dourado em desfile de primavera da Di Petsa.
Foto/Reprodução: Instagram @dipetsa

Passarela de tradição com inovação

Na primavera de 2025, a coleção de Petsa também trouxe inovações para o vestuário masculino. Em suma, a estilista integrou camisas plissadas e agasalhos com efeitos de umidade, além de jeans que acentuam a virilha e braguilhas metálicas. Além disso, introdução de joias e adornos específicos, como os talismãs de mamilo, representou um cruzamento entre a moda para o gênero em questão e a temática do prazer.

Modelo com saia preta trançada e adesivos de mamilo em formato de sol em desfile de primavera da Di Petsa.
Foto/Reprodução: Instagram @dipetsa

A coleção masculina também reflete a influência da experiência pessoal de Petsa, que se aprofundou na ideia de que o próprio corpo pode servir como uma âncora durante períodos de turbulência. Ademais, o uso de peças que parecem encharcadas ou desgastadas foi uma maneira de transmitir a intensidade do processo de autoexploração.

Modelo masculino com correntes e acessórios dourados em desfile de primavera da Di Petsa.
Foto/Reprodução: Instagram @dipetsa

Di Petsa e sua performance fashion

Ademais, performance da coleção de primavera da Petsa trouxe uma nova dimensão ao desfile. A representação teatral exibida foi carregada de simbolismo. Com efeito, a marca utilizou uma gravação prévia que evocava uma voz divina feminina, criando uma atmosfera de introspecção e revelação pessoal. Dessa forma, modelos se apresentaram com mãos tingidas e lábios vermelhos, replicando elementos mitológicos como chifres de Minotauro. Ao mesmo tempo, elas enquanto exibiam corpos marcados por areia e bronzeado. Em suma, propósito da designer foi fazer uma alusão a uma narrativa de exploração sensorial à beira-mar.

Recorte de modelo com maquiagem de queimadura de sol em formato do astro com dedos avermelhados para desfile de primavera.
Foto/Reprodução: Instagram @dipetsa

O desfecho da coreografia envolveu um modelo masculino sem camisa, que interagiu com os outros participantes. Para a cena, ele utilizou uma bola de lã vermelha. Assim, cada figura navegava por um labirinto simbólico, refletindo a ideia de que o autoprazer não é uma força negativa, mas uma experiência elevada e mítica. 

Escrita por: Mariana do Patrocínio | Editada por: Gabriela Andrade

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