Cloud Dancer: descubra tudo sobre a cor do ano de 2026 (com referências de looks!)

Suave e etérea, Cloud Dancer é a nova escolha da Pantone e reflete o desejo coletivo por leveza, pausa e reconexão

Nesta quinta-feira (4), o Pantone Color Institute revelou Cloud Dancer como a Cor do Ano de 2026. É um branco suave e arejado — descrito pelo próprio instituto como uma tonalidade que inspira serenidade, clareza e reflexão em meio à aceleração do mundo moderno. 

A cor é descrita como equilibrada entre subtons frios e quentes, não tendendo ao branco extremamente frio nem ao amarelado, sendo uma nuance que sugere neutralidade elevadora, calma e abertura para criatividade. 

A diretora-executiva do instituto, Leatrice Eiseman, disse em entrevista à CNN que a cor representa “uma influência calmante em uma sociedade que redescobre o valor da reflexão silenciosa”, um posicionamento que ressoa com um contexto cultural saturado de estímulos e sobrecarga digital. 

Por que 2026 pede um branco?

Pela primeira vez desde 1999, um tom de branco assume essa posição no programa anual da Pantone, ressaltando o papel da cor como uma tela em branco para novas narrativas visuais e emocionais.

Enquanto as demais cores recentes da Pantone variaram entre tons mais quentes, como mocha mousse em 2025 e o peach fuzz de 2024, o Cloud Dancer surge quase como um gesto de pausa, sendo um convite para desacelerar, reconectar e experimentar uma estética que favorece foco e bem-estar.

A escolha dialoga com a ascenção do movimento wellness, um estilo de vida focado na busca ativa por um bem-estar integral e holístico. Ele une saúde física, emocional e espiritualidade através do autocuidado e uma busca por viver de maneira mais saudável.

Essa narrativa se conecta com movimentos culturais mais amplos: como o slow living, a valorização de espaços e experiências mais íntimas, e a ideia de que menos pode ser mais, indo na contramão do movimento maximalista que vem ganhando espaço nas redes sociais.

Silhuetas etéreas: como o branco dominou as passarelas

Na moda, Cloud Dancer já vinha se desenhando como tendência antes mesmo do anúncio oficial. Em coleções recentes de maisons como Chanel, Jil Sander, The Row, Ferragamo e Bottega Veneta, o branco apareceu em looks monocromáticos, tecidos fluidos, transparências e sobreposições leves.

O foco não está apenas na cor, mas na forma como ela é trabalhada: camadas, volumes suaves, tecidos como seda, organza, algodão e lã fria criam profundidade sem peso. O branco se torna ferramenta para explorar movimento, luz e caimento, reforçando uma moda mais tátil e sensível.

Inclusive, esse movimento também dialoga com tendências atuais de clean dressing, onde o styling minimalista é usado como ferramenta de expressão e identidade. Nesse sentido, o branco se torna base para composições que vão do casual ao sofisticado com equal facilidade.

Clean beauty revisitada: o soft glow de 2026

Na beleza, Cloud Dancer não aparece apenas como sinônimo de pele “nada” ou naturalidade extrema. Aqui, o branco opera como ferramenta estética e criativa, usada para brincar com luz, contraste e volume. Um bom exemplo é o blush branco usado por Rosalía no seu novo projeto visual de Lux, que ressignifica a função do produto: em vez de corar, ele ilumina, esculpe e cria um efeito quase sobrenatural sobre a pele.

A tendência também dialoga com um resgate direto dos anos 2000, quando sombras brancas e off-white dominaram editoriais, tapetes vermelhos e capas de revista. Naquele momento — e novamente agora — o branco nos olhos não era discreto, mas gráfico, luminoso e propositalmente artificial. Ele refletia a luz, ampliava o olhar e criava um contraste marcante com cílios, delineados e tons mais profundos.

Em 2026, esse recurso vem com uma leitura mais etérea e quase élfica. Sombras claras, brilhos suaves, acabamentos perolados e pontos de luz estratégicos constroem um visual que flutua entre fantasia, futurismo e delicadeza.

Cloud Dancer no dia a dia: como usar além do básico

Nas redes sociais, Cloud Dancer encontra terreno fértil. No Pinterest, moodboards monocromáticos exploram tecidos fluidos, interiores claros, styling minimalista e referências etéreas. 

Já no TikTok, estéticas como milkcore, ethereal aesthetic e soft white styling acumulam milhões de visualizações, reforçando o apelo do branco como símbolo de calma e sofisticação silenciosa.

Mais do que tendência passageira, o tom se consolida como linguagem visual de uma geração que busca equilíbrio entre estética, bem-estar e identidade. A seguir, veja referências visuais que ilustram como a cor pode ser incorporada em diferentes estilos e inspire-se para criar o seu look Cloud Dancer!

Escrito por Mayla Shiva | Editado por Ana Carolina Gomes