Tendências

Moda para todos os corpos

O que é moda inclusiva? Moda inclusiva é sobre vestir com respeito, acolhendo corpos, histórias e necessidades diferentes com dignidade e representatividade.

A moda inclusiva é pensada para atender a todos os corpos, com foco especial nas pessoas com deficiência. Mais do que estilo, ela representa acessibilidade e autonomia. Para facilitar o uso das roupas, são aplicados aviamentos funcionais, como velcro, botões magnéticos e ímãs, que tornam o vestir mais simples e prático.

Fonte: Pixabay


A roupa precisa se adaptar ao corpo e às necessidades específicas de quem a veste, e não o contrário. Por isso, é essencial que a indústria da moda passe a considerar esses corpos que, muitas vezes, são deixados à margem das coleções convencionais.

Fonte: Pixabay

Ir a uma loja de roupas não deveria ser uma experiência frustrante. Vestir uma peça que nos atrai na arara deve ser motivo de alegria, e não de exclusão. A inclusão na moda vai além das roupas: envolve acessibilidade nos espaços físicos, funcionários preparados para atender com respeito e empatia, provadores adaptados com macas para cadeirantes, e etiquetas em Braille para identificação das peças.

A presença de marcas de moda inclusiva ainda é pequena no cenário nacional, e precisa de mais visibilidade na mídia para alcançar o seu público-alvo: as pessoas com deficiência. E mais do que isso, acessibilidade também significa preços justos, que não afastem o consumidor.

A moda precisa ser um espaço para todos. Incluir é vestir com dignidade.

A importância das costureiras

 O caimento de uma calça para uma pessoa que estão em cadeira de rodas, tem que ser diferente, assim como as mangas de uma camiseta com mangas compridas, tem que ter o tamanho ideal para cadeira de rodas. O papel das costureiras, como em pequenos ajustes como na indústria têxtil em si, merecem o devido reconhecimento, porque elas que criam a roupa que o estilista ou o design desenha e estão atrás dos holofotes e da mídia.

 A plataforma ‘Meu Corpo é Real’ foi criada pela consultora de estilo, Michele Simões, em 2016. Ela criou essa plataforma após sofrer um acidente com 24 anos, para mostrar que pessoas com deficiência, também podem ter seu próprio estilo.

Fonte: @micsimoes

A pessoa quando se torna deficiente tem que aprender tudo novamente, inclusive a se vestir.

 A pessoa quando se torna deficiente tem que aprender tudo novamente, inclusive a se vestir, por isso a indústria e as marcas feitas para esses corpos têm que serem mais visíveis. Bordados, aplicações, ou botões, podem dificultar o uso dessas roupas. Cada deficiência tem suas necessidades em uma peça, uma pessoa com deficiência visual, tem de ter adereços com ímãs, ou que tem uma certa sensibilidade ao ser tocado, para saber como vestir. Com a tecnologia a inclusão e acessibilidade está tomando a proporção merecida, a tecnologia é uma ferramenta de auxílio para os estilistas que criam essas roupas.

Eu, Caroline, que escrevo este texto, tenho deficiência física. Na minha adolescência, sofri muito com a falta de inclusão nas roupas vendidas em lojas de departamento. A grande maioria das minhas roupas, dos 13 aos 15 anos, foi feita sob medida por costureiras, para que eu pudesse acompanhar as tendências da época. Por ter uma estatura incomum para uma menina da minha idade, recorrer às costureiras foi a alternativa encontrada. Hoje, com 26 anos, sou formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina. Meu trabalho de conclusão de curso, escrito em primeira pessoa, abordou os problemas da indústria da moda para pessoas com deficiência.

Concluo que esse tema é de grande relevância e precisa ser cada vez mais discutido, para alcançar tanto os criadores quanto quem consome a moda.

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Escrito por: Caroline Amarante I Editado por: Gabriella Lima

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