O jardim de laços da Prada no MFW
A marca italiana Prada traz feminilidade e romantismo para as passarelas em Milão
Mesmo para aqueles que não são tão familiarizados com a moda, certamente a Prada é um símbolo ancião de beleza, luxo e criatividade. A grife italiana foi fundada em 1913 e hoje está nas mãos de Miuccia Prada, que herdou a marca em 1985.
Embora a marca já seja mundialmente conhecida por trazer inovações em cada coleção, Miuccia, diretora criativa, e Raf Simons, co-diretor contratado em 2020, surpreenderam mais uma vez os espectadores do desfile de Inverno no Milão Fashion Week (MFW).
A composição do jardim
Normalmente, as grandes marcas se preocupam, além da coleção em si, com todo o cenário que acontece ao redor do desfile. Dessa forma, ainda seguindo a proximidade com a natureza da coleção masculina, apresentada em janeiro, a Prada construiu um verdadeiro jardim de inverno para seus convidados.
A grande diferença é que esse jardim estava localizado no solo. Pedras, folhas caídas, gramas e até um riacho cobriram todo o cenário que, por sua vez, era coberto de placas de vidro que formavam toda a passarela.
Além disso, o convite também propôs um aspecto rústico e delicado, sendo um quadrinho branco com papel marrom, amassado no meio e um grande “P” cursivo, bordado. Não é à toa que todos os arredores da apresentação foram bem pensados, uma vez que a marca contou com a presença de celebridades como Hunter Schafer, Emma Watson e nossa brasileira Lele Burnier.
A coleção da Prada
Diferente daquilo que muitos esperam de uma coleção de inverno, com certeza, as peças desta coleção da Prada são inovadoras, delicadas e divertidas. Inclusive, arrisco dizer que todos os recursos possíveis foram utilizados nas peças.
Tivemos conjuntos de blazer oversized com saia midi, vestidos com florais em veludo e pele fake, galochas, jaquetas estilo motociclista com a inicial “P”, suéteres, chapéus, jaquetas de couro, peças em tons neutros e de cores vibrantes, bolsas penduradas pelo pulso, muita textura e, é claro, laços em tudo.
Para além da beleza da construção da coleção, a marca trouxe também elementos históricos, principalmente dos anos 60. Isso era visto não só nas silhuetas das saias e vestidos, bem como no uso de laços que, embora hoje nós chamamos de coquette core, é uma prática muito antiga.
O uso de saias de linho simples fazem referência às roupas íntimas do século XVII, brincando ainda mais com a moda cíclica e com a ressignificação das roupas. Vale ressaltar outro fato muito divertido do desfile, onde as costas de vários dos looks traziam pequenas surpresas, como laços maiores, amarrações de cetim, caudas e até pequenos babados.
Sendo assim, Miuccia e Raf contribuem com feminilidade, delicadeza, romantismo e inovação para mais um dia de MFW. Impossível não se divertir com os desfiles da marca, né?!
Escrito por: Gabriela Travizzanutto | Editado por: Clara Molter Bertolot
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