Giambattista Valli nós convida para um “balé de flores” em sua alta-costura 2024

Em sua vigésima sexta coleção de alta-costura, apresentada na tarde de segunda (22/01), Giambattista Valli representa a feminilidade em sua forma mais bruta e reconhecida.

Com a união do antigo ao contemporâneo através da modelagem das peças, sua coleção se inspira nas flores, presentes em modelagens e remodelagens, estampas, aplicações e beleza durante todo o desfile.

Do mesmo modo, com um uso perspicaz de branco, preto, volume, textura, pedrarias, plumas e cores comumente associadas ao feminino como vermelho, rosa e lilás em diversos tons, Giambattista Valli cria um storytelling repleto de dramaticidade e elegância, transitando com leveza entre clássico e moderno, delicadeza e sensualidade. O primeiro caso é representado por saias volumosas, babados, e laços que contracenam com designers mais secos, estreitos, em looks com vestidos longos e capas de plumas. Ao final, os dois lados da moeda se unem através de recortes, transparência e volumes que me remete um pouco as jaquetas puffers.

Só para exemplificar, na beleza é mostrado maquiagens leves em sua maioria. Porém, a não ser por alguns alguns olhos marcados por maxi-delineados. Nos penteados, laços e rosas brancas. Nos pés, sapatilhas pretas de bico fino e saltos com laços frontais arrematam os looks.

Tudo isso unido à sincronia das modelos em passarela e a ambientação, me deu a sensação de estar vendo uma apresentação de dança sobre a feminilidade, a elegância, o clássico e o moderno. Sendo representados em uníssono por flores e buquês, num balé de conto-de-fadas, contado com serenidade e graça que não poderiam ser quebradas nem por uma noiva com seu véu preso pelos pés da plateia.

Escrito por: Pedro Cardiel | Editado por: Flávia Pereira