Elena Velez na NYFW SS25: Redefinindo a Feminilidade com ‘La Pucelle’
A primavera/verão 2025 chegou com uma explosão de criatividade e ousadia, e Elena Velez brilhou intensamente com seu desfile La Pucelle. Conhecida por sua abordagem disruptiva e provocadora, Velez explora, nesta coleção, a feminilidade alegórica e as figuras históricas que desafiam as normas da moda e sociedade.
A reinvenção das heroínas e rebeldes
Elena Velez, com seu talento para subverter expectativas, apresentou uma coleção que não se limita às figuras femininas tradicionais. La Pucelle – que significa “A Donzela” em francês, Velez faz uma viagem fascinante através da história e da mitologia, trazendo à tona figuras femininas como Jeanne D’Arc, Marianne e Calamity Jane. Este título é uma homenagem direta a Jeanne d’Arc, conhecida como “La Pucelle d’Orléans” (A Donzela de Orléans), uma figura emblemática de força e coragem. A coleção é uma homenagem às mulheres que desafiaram as convenções e moldaram sua própria história. Velez nos oferece uma visão contemporânea dessas figuras heroicas, fundindo força e vulnerabilidade de maneira única e cativante.
A estilista americana mergulha na inspiração das mulheres históricas que desafiaram as convenções da época, incluindo Jeanne D’Arc, Marianne, Boudica, Lady Columbia e Calamity Jane. Cada uma dessas figuras representa uma dimensão da autonomia feminina, seja como heroínas ou como símbolos de rebeldia. Ao reimaginar essas figuras em sua coleção, Velez oferece uma crítica poderosa à forma como a sociedade vê e julga essas mulheres complexas.
A Coleção: uma exibição de contrastes e revolução dos ícones
O desfile se abre com uma abordagem audaciosa, com “rainhas de concurso renegadas e patriotas”, que questionam e redefinem o papel das mulheres na construção da identidade nacional, e também com uma figura inesperada: um cowboy estilizado, desafiando as normas tradicionais de moda e apresentando uma visão única da identidade nacional. A coleção inclui vestidos rasgados e rendados, couro, e peças com slogans ousados, refletindo uma crítica cultural profunda. Os vestidos de baile reinterpretados, como o que Tinashe usou, adicionam uma camada de complexidade à coleção, equilibrando o drama com um toque de nostalgia.
A coleção faz referência a Hester Prynne, da A Letra Escarlate, com uma gama de roupas que comentam culturalmente sobre o papel das mulheres e suas lutas. Destacam-se silhuetas dramáticas e complexas, como vestidos rasgados e rendados, muito couro, e peças com slogans marcantes.
Impacto cultural: quebrando barreiras
Velez também não economizou em suas parcerias para este desfile. O evento contou com o patrocínio da OnlyFans, uma escolha que adiciona uma camada de complexidade à sua apresentação. As contribuições também incluíram a customização dos icônicos UGG New Heights e uma colaboração com a Qiqi Hair. Essas escolhas reforçam a ideia de autonomia e expressão pessoal, alinhadas com o tema da coleção.
Do provocativo ao reflexivo: a nova face da moda
La Pucelle não é apenas uma continuação da exploração de Velez sobre a mulher das sombras, mas uma reinvenção da moda feminina e do patriotismo. Com uma abordagem que mescla o passado e o presente, ela reafirma seu papel como uma das vozes mais audaciosas da moda contemporânea, oferecendo uma visão provocadora e autêntica do papel das mulheres na construção da identidade cultural.
Uma exploração vibrante e multifacetada da feminilidade e do patriotismo. Com sua abordagem inovadora e provocadora, Velez reafirma seu papel como uma das vozes mais audaciosas da moda contemporânea, oferecendo uma nova perspectiva sobre as figuras femininas e a identidade cultural.
La Pucelle foi uma declaração de intenções. Elena Velez nos mostra que a moda pode ser um meio de explorar e redefinir a feminilidade, misturando passado e presente de maneira inovadora. Este desfile é um lembrete poderoso de que a moda é uma plataforma para expressar nossa individualidade e desafiar as normas estabelecidas.
Confira todas as fotos do desfile abaixo:
Escrito por: Caroline Menis | Editado por: Flávia Pereira
Um comentário
Pingback: