Desfiles,  Moda

Collina Strada de volta ao básico

Celebrando 15 anos de história, Collina Strada apresentou, nesta temporada do NYFW, uma coleção que mescla o básico com o fantasioso. Repleto de simbolismos, a diretora criativa Hillary Taymour desafiou sua equipe a criar uma estética etérea que transmitisse reconexão com a natureza. Sendo assim, o resultado desses elementos foram incorporados em uma moda que equilibra conforto e estilo. A performance apresentou peças como saias de baile florais, usadas com moletons, e vestidos com silhuetas assimétricas.

Intitulado “Touch Grass”, o tema refletiu a visão de Hillary Taymour, em busca de um alívio para o caos do mundo exterior. Realizado em um parque no East Village, o desfile parecia um conto de fadas urbano, repleto de performances – como uma modelo jogando grama na plateia -, e uma apresentação cheia de acrobacias leves e descontraídas.

Mais sobre NYFW: Sandy Liang traz nova versão de “Totally Spies!” à Nova York

O toque de natureza de Collina Strada

Conhecida por sua responsabilidade com a sustentabilidade, o estilo de Collina Strada marca uma conexão com a natureza, enaltecendo uma moda consciente e divertida. Assim, a performance incentivou o público a “tocar a grama” e se desconectar do digital, promovendo uma moda conectada à calma interior. A presença de figuras icônicas como Elizabeth Sweetheart, a “Green Lady” de Nova York, ajudaram a reforçar o tom lúdico e sustentável do evento.

A direção criativa da Collina Strada trouxe a irreverente Green Lady de Nova York para contemplar a natureza nesta season do NYFW
Marcado por inclusão, o desfile de Collina Strada mostra uma reconexão com a natureza, trazendo o verde e o lúdico em sua coleção (Reprodução/Instagram @collinastrada)

Além disso, a coleção destacou-se pela delicadeza e feminilidade, trazendo peças em tecidos esvoaçantes, transparências e apliques florais. Entretanto, silhuetas ousadas, como tops de renda com flores estrategicamente posicionadas, e vestidos com babados que flutuavam ao vento, reforçaram a temática de suavidade e reconexão com a terra. O desfile também apresentou acessórios divertidos e exagerados, como chapéus largos de jardim e bolsas inusitadas em formato de lagarto, trazendo um toque de humor e leveza à coleção.

Com tecidos esvoaçantes e silhuetas marcadas, Collina Strada também exalta a feminilidade para a coleção desta temporada do NYFW
Exaltando feminilidade e sensualidade, Collina Strada busca equilibrar beleza e conforto na coleção desta temporada do NYFW (Reprodução/Instagram @collinastrada)

Sendo assim, essa coleção também marcou uma fase mais madura para a marca, equilibrando diversão e consciência, sem perder a essência irreverente e sustentável​ que Collina Strada já possui. Taymour reforçou a ideia de roupas usáveis e confortáveis, mesmo em eventos mais formais, com peças que permitiam movimento e liberdade, desafiando as normas tradicionais de vestimenta feminina​.

Leia também: Patbo na NYFW: mais um desfile brilhante da marca brasileira

Collina Strada apresentou leveza, referências ao punk, sustentabilidade e conexão com a natureza durante performance de Spring-Summer da NYFW
Taymour combinou leveza e texturas para a coleção de Spring/Summer 2025 na NYFW (Reprodução/Instagram @collinastrada)

Além disso, o desfile trouxe uma mistura característica de texturas, incluindo tecidos reciclados e assimetrias, tudo com um forte apelo de diversidade. A coleção fez homenagens ao punk e ao grunge através de estampas e xadrezes – mesmo na season Spring Summer da coleção -, enquanto o romantismo apareceu em detalhes como babados e corsets​.

Hillary contou em entrevista que “esta coleção incorpora essa visão — discreta, mas bem-vestida. Recatada, mas consciente”, reforçando o compromisso da marca que encoraja autorreflexão através da moda e sustentabilidade para um futuro próximo.

E você, o que achou da performance de Collina Strada nesta temporada de Spring/Summer 2025?

Escrito por: Giullia Carvalho | Editado por: Flávia Pereira

Jornalista, escritora, fotógrafa e apaixonada por moda. Sou fã de bandinhas pop e sempre vou dizer que qualquer música da Taylor Swift me define (mesmo que eu nunca tenha passado pela sensação de sofrer um término ou ser traída). Sou aquariana e nem mesmo meu próprio estilo pode definir quem eu sou, já que sempre vou fazer todo mundo mudar de ideia ao meu respeito. Talvez seja a próxima Lelé Burnier ou Malu Borges, mas só o destino pode decidir isso.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *