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Yebo E A “Nova” Alfaiataria Que É Pensada Para A Mulher Real

Se existe uma marca que entendeu o agora — não o agora da tendência, mas o agora da vida real — essa marca é a YEBO. E não é à toa que ela é minha favorita. Porque enquanto muitas tentam traduzir a tal “mulher contemporânea”, a YEBO simplesmente a veste. Sem caricatura, sem excesso, sem precisar gritar para ser ouvida.

Na abertura do quarto dia da Casa de Criadores, a coleção veio como um respiro de sofisticação possível. Pensada para a mulher que trabalha, que dança, que atravessa a cidade com fone no ouvido e café na mão, a Yebo entrega uma alfaiataria que não exige esforço. Conforto, estilo e versatilidade não aparecem como bônus. São o ponto de partida.

A inspiração nas décadas de 70 e 90 surge como memória afetiva com recorte cirúrgico. Nada é retrô por nostalgia. Tudo é referência filtrada por um olhar urbano, fresco, inteligente. É como se aquele blazer herdado da tia estilosa tivesse renascido num corpo novo, com recorte impecável e bolso onde realmente cabe alguma coisa.

O mais encantador, talvez, seja a forma como a alfaiataria é desconstruída com propósito. Não é rebeldia vazia. É design. É uma nova ergonomia para quem senta no metrô, corre entre reuniões e ainda quer se sentir linda sem sacrificar os ombros ou a cintura.

E há beleza nisso. Muita. Porque a mulher da YEBO é bonita porque vive. Não porque posa. Ela se move, ela trabalha, ela existe entre mil versões de si mesma, e a roupa acompanha.

Ver a YEBO na passarela é lembrar por que a moda pode ser, sim, uma ferramenta de empoderamento real. Porque quando a roupa respeita o corpo e entende o contexto, o que aparece é a mulher. E que mulher.

Veja o desfile completo da YEBO na Casa de Criadores 56:

Escrito por: Gilson Tavares | Editado por: Flávia Pereira

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