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Plataforma Açu Traz Cultura Queer, Tecnologia E Natureza

Na coleção “VO RO NÓI”, a Plataforma Açu não desfila roupa. Desfila código genético. Uma alquimia de matéria, ancestralidade e futuro onde a roupa não veste, ela conjura.

A passarela foi tomada por texturas vivas, como se a natureza tivesse sido hackeada por uma inteligência queer. Impressão 3D, recortes a laser, fios de algodão que mais parecem raízes digitais. Tudo é híbrido. Tudo é entre. Um manifesto que não pede pra entrar, invade.

Na intersecção entre cultura queer, tecnologia e natureza, a marca constrói um ecossistema de moda onde os corpos são oráculos, antenas, extensão de mundos invisíveis. VO RO NÓI não é só título — é sopro, é ritual, é dialeto inventado no calor de quem recusa binários.

O desfile parece acontecer num tempo paralelo, onde a floresta conversa com a máquina e o afeto pulsa em rede. O algodão se entrelaça a circuitos, o corpo dança com softwares. Tudo parece planta e também parece código.

Nada ali quer agradar. Tudo quer provocar. A estética da Plataforma Açu é sensorial, táctil, transcendental. É sobre tocar com os olhos e pensar com a pele.

Em VO RO NÓI, a moda vira idioma de resistência e encantamento. A roupa deixa de ser superfície. Vira extensão de um desejo coletivo por um mundo que seja menos cruel, mais mutante, mais fluido.

No fim, o que a Plataforma Açu entrega é mais que uma coleção. É uma espécie de feitiço em forma de tecido. Um futuro que já está germinando — e tem cheiro de terra molhada e brilho de LED.

Escrito por: Gilson Tavares | Editado por: Flavia Cavalcante

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