Dupes baratinhos e os riscos de usar maquiagem falsa, será que vale a pena?
Navegando pela internet, é comum encontrarmos criadores de conteúdo focados no mercado da beleza, realizando reviews, unboxings e avaliações de produtos. Um dos temas que mais chamam atenção entre esses conteúdos são as indicações de produtos baratinhos semelhantes aos de marcas caras – o famoso dupes, também conhecido como “primo baratinho”. No entanto, essa tendência pode esconder um grande perigo, pois, muitas vezes, produtos falsificados são promovidos sem que o consumidor perceba.
O preço extremamente baixo é o primeiro alerta: réplicas de maquiagens de marcas de luxo, como Dior e Chanel, ou de marcas populares e modernas, como Fenty Beauty, Rare Beauty, Road e maquiagens com embalagens lindas e fofas, são frequentemente encontradas em lojas online com valores muito inferiores aos originais.
Esse tipo de conteúdo se tornou tão popular que existem quadros e trends dedicados aos dupes, alimentando o desejo de possuir uma maquiagem hypada por um custo mais acessível. No entanto, o que parece uma boa oportunidade pode trazer grandes riscos para a saúde.
Uma breve pesquisa na internet revela relatos de pessoas que tiveram reações ao usar maquiagens falsas, com fotos e vídeos que mostram onde e como esses produtos são fabricados. As cenas são alarmantes: itens de maquiagem produzidos em laboratórios clandestinos, sem infraestrutura adequada, higiene ou regulamentação.
Essas falsificações são feitas com fórmulas baratas e componentes perigosos que podem colocar a saúde em risco. Um vídeo que viralizou alguns anos atrás, mostra um pouco desse lado obscuro, veja abaixo:
Como posso identificar um produto falso?
No Brasil, todos os produtos de beleza comercializados precisam ser autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Este é o primeiro ponto a ser verificado ao comprar itens em lojas físicas. Em qualquer compra, a dermatologista Dra. Daniela Rodrigues recomenda atenção especial aos rótulos, à ortografia, textura e cheiro dos produtos.
Em muitos casos, as falsificações apresentam diferenças sutis, como erros na embalagem, odores desagradáveis que surgem rapidamente ou uma textura “talhada” (incomum nos produtos originais). Além disso, pesquisar avaliações e fotos dos produtos é uma excelente forma de garantir a autenticidade da compra.
Ademais, vale lembrar que nem todo produto acessível é falsificado. Marcas brasileiras acessíveis, como City Girls, SP Colors e Febella, oferecem itens de boa qualidade, seguros e com preços acessíveis. Para quem prefere marcas internacionais, opções asiáticas como Pinkflash, o.two.o, Etude House, rom&nd e Sheglam são ótimas alternativas, especialmente por contarem com laboratórios próprios que garantem a qualidade e a segurança dos produtos.
Dica de amiga!
Ao comprar um dupes, faça um teste de sensibilidade: aplique uma pequena quantidade em uma área limpa do antebraço interno, mantendo a região limpa e seca. Se após 24 horas não houver nenhuma reação, o produto provavelmente é seguro para uso. Caso sinta ardência, coceira ou sensação de picada, lave o local com água corrente e sabão, e suspenda o uso do produto.
Escrito por: Laís Souza | Editado por: Flávia Pereira