Desfiles,  Moda

Dior apresenta coleção lúdica em Semana de Alta Costura de Paris

No primeiro dia da Semana de Moda de Paris, a Dior apresentou uma coleção que celebra a criatividade em sua forma mais pura e inspiradora.

O local do desfile remetia a uma galeria de arte com pinturas nas paredes alegres e bem coloridas. A atmosfera, embora marcante, não desviou o foco do grande destaque: a coleção de Haute Couture primavera-verão 2025 da Dior.

Para marcar o início, a Dior apresentou ao público amante da moda uma série de peças inteiramente pretas. Todas diferentes, algumas com renda e transparência, outras com penas e franjas. No entanto, um item em comum foi visto em praticamente todas as modelos, as famosas sandálias gladiadoras. Sim, a moda é cíclica e, por isso, elas estão de volta. Então, pode tirar o mofo das suas e abusar do calçado. 

Como segundo ato, peças brancas tomaram as passarelas com recorte de tecidos que formaram sobreposições, saias transparentes em renda e as estrelas do dia: vestidos com crinolina e anquinhas. A ideia foi marcar bem a cintura, com corpetes e na parte da saia deixar bem redonda, algo que lembra muito a silhueta de um abajur. Em Jogos Vorazes: Em Chamas, a personagem Effie Trinket usa um vestido inteiro de borboletas com o mesmo formato da saia. 

Leia mais: Vestido evasê é tendência no mercado das noivas 

Peças que marcaram a história da moda retornam em estreia triunfal

A crinolina é uma estrutura usada para dar volume às saias. Originalmente, no século XIX, os fabricantes usavam tecido rígido, como uma mistura de crina de cavalo e algodão (daí o nome “crinolina”). Com o avanço das técnicas, começaram a fabricar a crinolina com armações de aço ou metal flexível, criando uma estrutura leve, mas ampla, que sustentava as saias em formato de sino. 

No final do século XIX, introduziram as anquinhas como uma alternativa à crinolina. Diferente do volume uniforme da crinolina, as anquinhas concentravam o volume na parte traseira da saia, criando a silhueta em formato de “S” característica da era vitoriana. Eram feitas de tecidos acolchoados ou estruturas de metal e podiam ser amarradas à cintura ou embutidas nas roupas.

Ambas as peças refletem os padrões de beleza e status social de suas épocas, quando as mulheres buscavam exibir feminilidade, riqueza e elegância. Hoje, crinolinas e anquinhas são revisitadas em desfiles de alta-costura e figurinos históricos, sendo símbolos de um estilo que alia opulência e história, como no desfile da Dior. 

Escrito por: Carolina Ferraz | Editado por: Flavia Cavalcante

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *